Divagando em relação à existência,
trocando ideias com uma amiga querida,
num bate papo informal,
ela falou do trabalho.
E eu o que penso dele.
Na verdade, somos condicionados,
todos agindo da mesma maneira,
para juntar dinheiro, para comprar alguma coisa,
pra comprar mais coisas, para dar um fim no que não serve mais,
pagar as contas, viajar, ter conforto, tranquilidade.
Perpetuar a espécie também está embutido nessa ideia.
E no final, quando se chega à idade da aposentadoria,
o momento de um pseudo descanso, um momento que oferece
a oportunidade de fazer o que se gosta - pelo menos se acredita nisso -
já se está velho. E com a tal da idade os sonhos se foram.
Perderam-se no tempo trabalhando.
Sei não, acho que estou sempre na contramão da vida.
E vou assim até o final dela.
Contrariando a perpetuação da espécie,
dessa ideia estranha de amealhar para a velhice.
E nesse interim, alguém morre e mostra mais uma vez
a efemeridade de tantos planos jogados fora...
Num acidente banal. Um campeão brasileiro de montanhismo
um amigo que conheço há anos, morreu atropelado numa rua
de Botafogo, no Rio...
Vamos viver o presente, o hoje.
O resto, o futuro, ou sei lá o que, que fique no seu tempo...
O tempo é o agora, o presente.
O futuro não me interessa...