terça-feira, abril 02, 2013

Ela tem a alma selvagem

E o vento sopra liberdade

Na mecha do cabelo

Brinca de beijo, pede afago

Mas cuidado

Ela gosta de arranhar


Ela segue seu destino

No fluxo feminino

Deita com a lua nova

E o seu corpo se renova

À noite chora por amor

Sonhos que ainda não realizou


Ela celebra a vida em rituais

Bendiz os ciclos naturais

Ela sabe, o ser não cabe na definição

Abraça o mundo com carinho

Mas só vai pelo caminho

Onde tem um coração

Alma selvagem, liberdade de ser

Alma selvagem, coragem de viver

Ricardo Kelmer