Ela tem a alma selvagem
E o vento sopra liberdade
Na mecha do cabelo
Brinca de beijo, pede afago
Mas cuidado
Ela gosta de arranhar
Ela segue seu destino
No fluxo feminino
Deita com a lua nova
E o seu corpo se renova
À noite chora por amor
Sonhos que ainda não realizou
Ela celebra a vida em rituais
Bendiz os ciclos naturais
Ela sabe, o ser não cabe na definição
Abraça o mundo com carinho
Mas só vai pelo caminho
Onde tem um coração
Alma selvagem, liberdade de ser
Alma selvagem, coragem de viver
Ricardo Kelmer