OS TRÊS OLHOS
Estava terminando o livro Autoconhecimento, de Divaldo Franco, e numa das últimas folhas um parágrafo chamou atenção. Dizia que São Boaventura, também conhecido como o Doutor Seráfico, influenciou místicos medievais ao propor a saída dos interesses objetivos ensejando o infinito campo do mundo subjetivo, transcendente, ao anunciar que são três os olhos pelos quais se observa: o da carne, o da razão e o da contemplação.
“ O primeiro enxerga o mundo material, exterior, as dimensões relativas do tempo e do espaço, os objetos, as coisas, as pessoas, preso às sensações imediatas; o segundo vê a lógica através da arte de filosofar, ampliando as percepções da mente; e o terceiro, que faculta penetrar no mundo oculto, da intuição, das realidades transcendentes, extrafísicas.
Esta proposta se ajusta à realidade do ser tridimensional da Codificação Espírita: a carne entra em contato com o mundo físico, o perispírito registra o mundo mental, extra-sensorial, e o Espírito sintoniza e se alimenta com a estrutura da realidade , onde se originou e para onde retornará”.