Tece o mundo,
pare vida,
jorra água, azul e sal,
fecunda mulher.
A mulher fora do ideal,
a abissal,
a que abriga oceanos,
mares turbulentos,
noites escuras,
luminosas criaturas.
A mulher ondina, sereia, rainha,
encontra referencial nos seres que habitam sua alma,
nos peixes em cardumes,
na dança e movimento na água
quando juntos bailam e se protegem dos predadores.
A mulher de ventre líquido,
abre as entranhas ao dar vida à criação psíquica, fluida e intangível.
E aí tudo é possível...