A cigana dos arrebóis estaciona a carroça de estrelas,
repleta de luz e calor do dia.
Abre as janelas e deixa que o vento penetre
e com ele o som de violinos.
A lua nova a convida a ler o futuro.
Abre o lenço de moedas, pega o baralho.
Na fogueira crepitam salamandras,
as que dançam e refletem desejos,
os seus, os meus, os nossos.
A sorte se abre à medida que a noite avança
e é chegado um novo tempo.
Metade do ano se foi.
E julho chega lançando sortilégios
e desejos de prosperidade, amor e paz.
Foto e texto: Analu Menezes