domingo, agosto 08, 2004

FENDA

No caminho azul é calor dentro e fora.
Transbordam essências, umidade e licores.
Cheiros de flor, ocre e açúcar.
Mel que se espalha e cria a atmosfera aconchegante.
Agasalha o que precisa de chão, casa e colo.
Oferece o que há de sublime.
Intermeio de palavras e divagação.
Sonhos distantes de costelações e mudez.
Nave que se esvai e volta ao porto.
Vida que se refaz em cada enseada.


terça-feira, agosto 03, 2004

No ser, deserto e poeira.
Restos e memórias, pesadelos e cobranças.
A noite passada foi assim.
Brigas e profética frase.
O amanhecer estranho e cinzento.
Alma revirada, íntimo em desalinho.