terça-feira, setembro 24, 2013

Os braços são asas,
coloridas de púrpura e ouro.
Asas que lançam a mente no espaço infinito,
onde não há cor, luz.

Uma imensidão...

Os sentidos a levam a outro lugar,
um mar de energias sem peso,
leve,
flutuante.

Essa atmosfera escura,
iluminada pelos sentidos,
transcende e a lança num êxtase
que está aquém de qualquer
sensação mundana conhecida.

Foto: Sebastia Bonet Palmer

sexta-feira, setembro 20, 2013

Era clara,
a treliça.
A que velava a luz,
escondia você.

Era clara,
a treliça.
Puro deslumbre,
sensual,
ofuscado.

Era branca,
a treliça.
A que lentamente
revelava seu corpo,
inteiro,
nu.


quinta-feira, setembro 12, 2013

Quando a alma está à flor da pele,
a boca pede beijo,
o corpo deseja corpo,
o sexo pede sexo,
o amor pulsa no meu,
no seu, 
no nosso
coração!

terça-feira, setembro 10, 2013

Chronos e Hermes

Eu leio, leio e leio.
E continuo não entendendo isso.
Porque será que as pessoas vivem com esse discurso de que com a idade já sabe ou aprendeu tal coisa que com a idade anterior não?
Acho isso tão estranho...
Eu me vejo daqui a algumas décadas, mas não nessa neura de sabedoria e conhecimento, até porque não vai ser mais algumas décadas que me porá sábia ou professora de nada. Talvez, porque eu não encare a vida dessa maneira e não me arrependa de nada que fiz.
Faria tudo outra vez.
Amaria desmedidamente, como amei.
E amarei novamente e sempre.
Sei lá, acho isso tão estranho. Esse discurso tão cheio de certezas....
Certeza de que?
Sabedoria por conta dos anos vividos?
Sei, não.
Vou viver mais sei lá quantos anos e estarei sempre me pondo como uma aprendiz, até porque não tenho a obrigação de ser professora de nada. Não quero esse título para mim. Detesto essa retórica do "eu sei tudo, porque já vivi isso". Caramba, e as pessoas não tem o direito de viver as próprias experiências e de uma maneira diferente da que você viveu?
Discurso narcisóide da velhice?!
Valha-me!
Que Chronos me proteja até o fim dos meus dias, que Hermes me leve sempre a voar, cada vez mais alto e que eu possa sempre vislumbrar horizontes ainda não explorados, como uma criança ao mirar pela primeira vez algo que ela sempre quis...



terça-feira, setembro 03, 2013

súcubus

Sou eu, sou eu que não durmo,
vivo livre em seus sonhos, 
como súcubus a profanar seu corpo,
sua alma, suas entranhas.

Bebo dos seus líquidos,

você se encharca do meu sangue
e juntos dançamos um ballet 
interminável de prazer e gozo.