terça-feira, abril 19, 2016

As pessoas correm pra dizer: a flor é híbrida.
Elas dizem: colorida artificialmente.
E eu pergunto: e daí?
O que vale é a foto? Os detalhes da flor? O tom azul?

Não veem beleza.
Apontam que não real e
sim, construído por alguém num laboratório.
Se é real ou fantasia e daí?
Gente sem poesia.


sábado, abril 02, 2016

Na madrugada que desce quente e envolvente,
tirando completamente o sono, releio antigas postagens do blog.
Não sou mais aquela, sou outra.
Guardo resquícios do que fui, mas decididamente aquela Ana ficou lá atrás.
Ainda assim, a alma carecia de muitos preenchimentos, que com o passar do tempo,
foram sendo cobertos com mais harmonia, contribuindo para um emocional mais ajuizado.
Não no sentido do juízo, de quando pai e mãe dizem: tenha juízo.
Não, não falo desse.
Esse ajuizamento está em relatividade à constância emocional.
A tristeza foi embora e os buracos da alma foram sumindo com o passar dos anos.
Hoje me sinto em paz.
Muito diferente da outra que escrevia aqui.
Mas, por um motivo alheio ao meu entendimento,
à minha mente racional, gosto de reler meus pensamentos.
E voltar aqui é sempre um prazer diferente e atemporal.
O tempo é só uma convenção.

Boa noite.