quinta-feira, janeiro 19, 2012
Zéfiro II
Crio porque isso por si dá sinal à existência.
Deixo que teça os sonhos mais impossíveis, mesmo porque de impossíveis nada têm.
E assim, as batidas desritmadas e ao mesmo tempo acústicas expandam o tanto de emoção, flor e chuva que preenchem a alma.
E o que é a alma, senão um montaréu de pedaços a serem recolhidos e reagrupados.
E o que faz da vida algo mais intenso e profundo do que os sentimentos que avassalam qualquer tipo de razão que surja no caminho.
Não me aprofundo então, deixo-me atingir pela flecha, Cupido lança seus dardos e eu me entrego a ales. Mesmo que sejam envenenados e que no final matem o que poderia ser só poesia.
E daí. Se isso alimenta alma, o resto é divagação.
Uma noite de ventos transformadores, quiçá um Zéfiro a lançar brumas e reviravoltas ao que está aparentemente adormecido.
Que venha o estrondo, o inesperado, o que eu não aguardo e não faço análise.
Lança-se, esparge-se, liberta-se.
sexta-feira, janeiro 13, 2012
o que vai no coração de cada um...
A pior sensação é a surpresa.
Quanto realmente você não espera e é surpreendido.
Quando o que está ao seu lado, o que você acredita ser seu amigo, age como um inimigo.
Trama pelas suas costas, inventa histórias, põe uma pessoa contra outra, semeia ódio, maldade.
E eu que nessa vida, Deus é testemunha, nunca fiz isso, me choco.
Estou assim, boquiaberta, estupefata, diante de tanta maldade.
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