- O ANO DAS MARAVILHAS - 2013
segunda-feira, dezembro 31, 2012
domingo, dezembro 30, 2012
O AMOR...
Amar não é uma escolha,
É um sentimento sublime,
Perfeito ou imperfeito,
proteger, perdoar e abençoar.
Ver nos inocentes defeitos,
Motivos perfeitos para acreditar
Que só com o tempo se pode aprender.
Seguir os passos de longe
Mas sempre acompanhar.
Com um presente sorriso ensinar.
É tão perfeito errar,
Tanto quanto somos imperfeitos.
Nas perfeições e imperfeições do mundo
Somos perfeitos para amar!
Marcello Ondei
É um sentimento sublime,
Perfeito ou imperfeito,
proteger, perdoar e abençoar.
Ver nos inocentes defeitos,
Motivos perfeitos para acreditar
Que só com o tempo se pode aprender.
Seguir os passos de longe
Mas sempre acompanhar.
Com um presente sorriso ensinar.
É tão perfeito errar,
Tanto quanto somos imperfeitos.
Nas perfeições e imperfeições do mundo
Somos perfeitos para amar!
Marcello Ondei
sexta-feira, dezembro 28, 2012
O tempo...o grande senhor!
Por que as pessoas temem tanto a ele ?
Por que será que vivem do passado?
Se angustiam por não serem tão jovens como antes?
Por que não vivem intensamente o presente e
esquecem o que passou ?
Por que não saboreiam o que a vida oferece todos os dias?
Por que essa melancolia?
Pra que essa tristeza?
Sei não, eu nunca vou ser assim, nem quando ficar velhinha...
Viver independe de tempo, independe de horas,
independe de pessoas.
O inferno e a felicidade está dentro de nós
e não no outro...
Cabe a cada um criar seu paraíso ou
sua infelicidade...
Eu quero é mais...e que venha ele,
o inexorável, o tempo...
o senhor de tudo!
Por que as pessoas temem tanto a ele ?
Por que será que vivem do passado?
Se angustiam por não serem tão jovens como antes?
Por que não vivem intensamente o presente e
esquecem o que passou ?
Por que não saboreiam o que a vida oferece todos os dias?
Por que essa melancolia?
Pra que essa tristeza?
Sei não, eu nunca vou ser assim, nem quando ficar velhinha...
Viver independe de tempo, independe de horas,
independe de pessoas.
O inferno e a felicidade está dentro de nós
e não no outro...
Cabe a cada um criar seu paraíso ou
sua infelicidade...
Eu quero é mais...e que venha ele,
o inexorável, o tempo...
o senhor de tudo!
Cazuza sempre tem o tom, a medida ou a falta dela, para dizer exatamente o que a gente quer:
"Você tem exatamente três mil horas para parar de me beijar, meu bem você tem tudo para me conquistar. Você tem exatamente um segundo para aprender a me amar, você tem a vida inteira para me devorar, para me devorar!"
"Você tem exatamente três mil horas para parar de me beijar, meu bem você tem tudo para me conquistar. Você tem exatamente um segundo para aprender a me amar, você tem a vida inteira para me devorar, para me devorar!"
quarta-feira, dezembro 26, 2012
terça-feira, dezembro 25, 2012
domingo, dezembro 23, 2012
Saudades
Eu poderia ter escrito esse poema, ele diz muito desse presente, de alguém que partiu pra nunca mais voltar, ou como ele disse: até NUNCA MAIS!
"Sinto saudades do dia em que nunca nos encontramos.
Sim, daquele em que não nos vimos pela primeira vez.
Desse em que nunca te tive.
Daquele em que não falaste o que eu queria ouvir.
De nossa primeira noite que jamais houve, quando deixamos de conhecer-nos biblicamente até o desmaio.
Tenho sede da noite em que nem começamos a beber-nos.
Sinto fome dos momentos em que não estavamos um no outro, devorando-nos gota a gota.
Poderia desenhar nos mínimos detalhes tudo o que não aconteceu.
O amor que não explodiu; o desejo que não cristalizou; todo esse nada que não vivemos tão intensamente separados.
É uma saudade tão grande!...
Uma saudade como se nunca tivesse acontecido.
Como este afago que não te mando, e que ainda assim, nunca o receberás."
Bruno Kampel
Eu poderia ter escrito esse poema, ele diz muito desse presente, de alguém que partiu pra nunca mais voltar, ou como ele disse: até NUNCA MAIS!
"Sinto saudades do dia em que nunca nos encontramos.
Sim, daquele em que não nos vimos pela primeira vez.
Desse em que nunca te tive.
Daquele em que não falaste o que eu queria ouvir.
De nossa primeira noite que jamais houve, quando deixamos de conhecer-nos biblicamente até o desmaio.
Tenho sede da noite em que nem começamos a beber-nos.
Sinto fome dos momentos em que não estavamos um no outro, devorando-nos gota a gota.
Poderia desenhar nos mínimos detalhes tudo o que não aconteceu.
O amor que não explodiu; o desejo que não cristalizou; todo esse nada que não vivemos tão intensamente separados.
É uma saudade tão grande!...
Uma saudade como se nunca tivesse acontecido.
Como este afago que não te mando, e que ainda assim, nunca o receberás."
Bruno Kampel
sexta-feira, dezembro 21, 2012
Não mirei seus olhos verdes.
Não beijei sua boca coração.
Não senti seu cheiro no pescoço by Pacco.
Não senti suas mãos grandes em meu corpo.
Nem seu corpo colado ao meu na parede.
Que pena...
quarta-feira, dezembro 19, 2012
Leva essa canção
De amor dançante
Prá você lembrar de mim
Seu coração lembrar de mim
Na confusão do dia-a-dia
No sufoco de uma dúvida
Na dor de qualquer coisa
É só tocar essa balada
De swing inabalável
Que é oásis pro amor
Eu vou dizendo
Na seqüência bem clichê
Eu preciso de você
É força antiga do espírito
Virando convivência
De amizade apaixonada
Sonho, sexo, paixão
Vontade gêmea de ficar
E não pensar em nada
Planejando
Pra fazer acontecer
Ou simplesmente
Refinando essa amizade
Eu vou dizendo
Na sequência bem clichê
Eu preciso de você
Mesmo que a gente se separe
Por uns tempos ou quando
Você quiser lembrar de mim
Toque a balada
Do Amor Inabalável
Swing de amor nesse planeta
Mesmo que a gente se separe
Por uns tempos ou quando
Você quiser lembrar de mim
Toque a balada
Seja antes ou depois
Eterna Love Song de nós dois
Leva essa canção
De amor dançante
Pra você lembrar de mim
Seu coração lembrar de mim
Na confusão do dia-a-dia
No sufoco de uma dúvida
Na dor de qualquer coisa.
(Skank - Balada do Amor Inabalável)
De amor dançante
Prá você lembrar de mim
Seu coração lembrar de mim
Na confusão do dia-a-dia
No sufoco de uma dúvida
Na dor de qualquer coisa
É só tocar essa balada
De swing inabalável
Que é oásis pro amor
Eu vou dizendo
Na seqüência bem clichê
Eu preciso de você
É força antiga do espírito
Virando convivência
De amizade apaixonada
Sonho, sexo, paixão
Vontade gêmea de ficar
E não pensar em nada
Planejando
Pra fazer acontecer
Ou simplesmente
Refinando essa amizade
Eu vou dizendo
Na sequência bem clichê
Eu preciso de você
Mesmo que a gente se separe
Por uns tempos ou quando
Você quiser lembrar de mim
Toque a balada
Do Amor Inabalável
Swing de amor nesse planeta
Mesmo que a gente se separe
Por uns tempos ou quando
Você quiser lembrar de mim
Toque a balada
Seja antes ou depois
Eterna Love Song de nós dois
Leva essa canção
De amor dançante
Pra você lembrar de mim
Seu coração lembrar de mim
Na confusão do dia-a-dia
No sufoco de uma dúvida
Na dor de qualquer coisa.
(Skank - Balada do Amor Inabalável)
segunda-feira, dezembro 17, 2012
segunda-feira, dezembro 10, 2012
Os dias tem sido quentes, ensolarados e
minha alma, tal como as flores,
bilham diante da luz amarela,
se aquecem com a possibilidade de mais um ano ultrapassado.
Não vou dizer que foi de vitórias e nem de derrotas.
Foi um ano estranho, onde muita gente amada partiu.
Mas nem por isso menos gratificante e feliz.
Venha dezembro e termine 2012 com festa.
minha alma, tal como as flores,
bilham diante da luz amarela,
se aquecem com a possibilidade de mais um ano ultrapassado.
Não vou dizer que foi de vitórias e nem de derrotas.
Foi um ano estranho, onde muita gente amada partiu.
Mas nem por isso menos gratificante e feliz.
Venha dezembro e termine 2012 com festa.
sexta-feira, novembro 30, 2012
É até divertido quando faço drama,
sofro até o exagero do esgotamento emocional.
Arregimento até uma pseudo gripe para esse caos,
tudo porque alguém não me disse adeus.
E nem disse porque partiu...
Como dizia minha mãe, se alguém teve a coragem de terminar,
seja lá o que for, se teve a iniciativa,
esse alguém não te amava...
Porque quem ama não se aparta de quem ama.
É isso.
Depois da tristeza, vem a alegria.
Amanhã é dia, ou seja, hoje, é dia de vencer obstáculos,
transpor limitações.
Me lançar, solta, viva, inteira.
Foto: Paula Toledo
sofro até o exagero do esgotamento emocional.
Arregimento até uma pseudo gripe para esse caos,
tudo porque alguém não me disse adeus.
E nem disse porque partiu...
Como dizia minha mãe, se alguém teve a coragem de terminar,
seja lá o que for, se teve a iniciativa,
esse alguém não te amava...
Porque quem ama não se aparta de quem ama.
É isso.
Depois da tristeza, vem a alegria.
Amanhã é dia, ou seja, hoje, é dia de vencer obstáculos,
transpor limitações.
Me lançar, solta, viva, inteira.
Foto: Paula Toledo
quarta-feira, novembro 28, 2012
Nada mais árido do que o que ficou por dizer...
O que era belo e poético -
talvez como as histórias deveriam ser -
foi extinto num clicar,
num adeus virtual.
O que era belo e poético -
talvez como as histórias deveriam ser -
foi extinto num clicar,
num adeus virtual.
terça-feira, novembro 20, 2012
"Na convivência, o tempo não importa.
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora… desta vida…”
Mario Quintana
Se for um minuto, uma hora, uma vida.
O que importa é o que ficou deste minuto,
desta hora… desta vida…”
Mario Quintana
quinta-feira, novembro 15, 2012
Morde e assopra.
Lança sementes, às vezes recolhe-as.
Incita temperos, assopra perfume, me enche a boca d´água
para em seguida retirar-se sem dizer nada, levando embora o cheiro bom.
Cutuca, mordisca, belisca, chega até a parar e mirar,
para depois fingir-se de morto.
Provoca, me adoça, me tira do eixo, me põe do avesso,
para em seguida voar pelo ar.
Vaza, transborda, esparge, molha,
me toca, me tira do sério, me deixa de quatro.
Tira o tapete, joga fora os sonhos, finge que não sabe,
mas continua me provocando...
Foto: Keise Berbert
Lança sementes, às vezes recolhe-as.
Incita temperos, assopra perfume, me enche a boca d´água
para em seguida retirar-se sem dizer nada, levando embora o cheiro bom.
Cutuca, mordisca, belisca, chega até a parar e mirar,
para depois fingir-se de morto.
Provoca, me adoça, me tira do eixo, me põe do avesso,
para em seguida voar pelo ar.
Vaza, transborda, esparge, molha,
me toca, me tira do sério, me deixa de quatro.
Tira o tapete, joga fora os sonhos, finge que não sabe,
mas continua me provocando...
Foto: Keise Berbert
segunda-feira, outubro 29, 2012
Tem dias que o coração fica pequeno.
E a fragilidade toma conta..
Talvez porque o vazio domine a alma
e fora vazem lágrimas doces.
Ou quem sabe um rio, um oceano,
um mar transparente, límpido.
O que sei é que volátil é a vida,
os instantes,
as pessoas,
e até mesmo essa tristeza que agora me assola...
E a fragilidade toma conta..
Talvez porque o vazio domine a alma
e fora vazem lágrimas doces.
Ou quem sabe um rio, um oceano,
um mar transparente, límpido.
O que sei é que volátil é a vida,
os instantes,
as pessoas,
e até mesmo essa tristeza que agora me assola...
quinta-feira, outubro 18, 2012
Divago entre sonhos e realidade.
Muitas vezes me ponho a pensar nas pessoas
e no que elas são capazes de dizer e fazer.
Me impressiona sempre a falta de tato,
o exagero em se meter na vida alheia.
É impressionante como dizem assim:
ando preocupado com você por isso....isso..isso...
E eu que sou a dona da vida pouco me importo, de fato.
Sei que esse excesso de cuidado e zelo é prejudicial
e considero até doentio.
Se cada um cuidasse da própria vida não teríamos
que conviver com esse tipo de comentário e muito menos
ter que ouvir "conselhos" do que seria o ideal para nossa vida.
Ora...da minha vida sei eu...
Afinal, não é o outro que paga as contas,
que conversa com seus desejos,
pensamentos,
sentimentos,
que atravessa os mares bravios da paixão...
Então, não me venham com fórmulas perfeitas,
cálculos matemáticos...
Isso não serve para mim.
Vivo no mundo das ideias, das possibilidades,
sou otimista demais, vislumbro sempre um ponto luminoso além...
Ainda que muitas vezes eu esteja em completa escuridão e tenha
que conviver com as muitas sombras que habitam em mim...
Muitas vezes me ponho a pensar nas pessoas
e no que elas são capazes de dizer e fazer.
Me impressiona sempre a falta de tato,
o exagero em se meter na vida alheia.
É impressionante como dizem assim:
ando preocupado com você por isso....isso..isso...
E eu que sou a dona da vida pouco me importo, de fato.
Sei que esse excesso de cuidado e zelo é prejudicial
e considero até doentio.
Se cada um cuidasse da própria vida não teríamos
que conviver com esse tipo de comentário e muito menos
ter que ouvir "conselhos" do que seria o ideal para nossa vida.
Ora...da minha vida sei eu...
Afinal, não é o outro que paga as contas,
que conversa com seus desejos,
pensamentos,
sentimentos,
que atravessa os mares bravios da paixão...
Então, não me venham com fórmulas perfeitas,
cálculos matemáticos...
Isso não serve para mim.
Vivo no mundo das ideias, das possibilidades,
sou otimista demais, vislumbro sempre um ponto luminoso além...
Ainda que muitas vezes eu esteja em completa escuridão e tenha
que conviver com as muitas sombras que habitam em mim...
segunda-feira, outubro 15, 2012
Faz tempo que nada enche a alma
e tudo parece um grande redemoinho.
Muitas coisas voam, flutuam, parecem até que pousam momentaneamente
para em seguida tomar outro curso.
E por mais que eu tente não me envolver,
deixar correr, meu coração não sabe ser assim.
Nele vestem-se sonhos,
calçam-se ideais,
dança-se em compasso inebriante...
Como inebriante é o ser,
o amor,
a paixão.
E por pensar assim,
a vida sem sonho não vale a pena.
Quero uma vida nova,
pois amanhã renasço em mais uma primavera...
e tudo parece um grande redemoinho.
Muitas coisas voam, flutuam, parecem até que pousam momentaneamente
para em seguida tomar outro curso.
E por mais que eu tente não me envolver,
deixar correr, meu coração não sabe ser assim.
Nele vestem-se sonhos,
calçam-se ideais,
dança-se em compasso inebriante...
Como inebriante é o ser,
o amor,
a paixão.
E por pensar assim,
a vida sem sonho não vale a pena.
Quero uma vida nova,
pois amanhã renasço em mais uma primavera...
segunda-feira, outubro 01, 2012
Vou voltar de onde parei.
Escrever é o sentido,
ainda que para muitos esse não seja.
Não importa o que pensem,
o que falem,
seguirei firme em meus propósitos.
Letras para falar de amor,
de tristeza, alegria,
decepção e sonhos.
Sim, os sonhos.
Que venha outubro e espalhe utopias,
sintonizando o que há de mais belo e inspirador:
a primavera!
Escrever é o sentido,
ainda que para muitos esse não seja.
Não importa o que pensem,
o que falem,
seguirei firme em meus propósitos.
Letras para falar de amor,
de tristeza, alegria,
decepção e sonhos.
Sim, os sonhos.
Que venha outubro e espalhe utopias,
sintonizando o que há de mais belo e inspirador:
a primavera!
domingo, setembro 16, 2012
terça-feira, setembro 04, 2012
segunda-feira, agosto 27, 2012
O dia até ensolarado estava.
Rimos, jogamos, corremos.
Um céu azul, cão latindo, criança sorrindo.
E no passar das horas, estranha sensação apoderou.
Não sabia ao certo se era cansaço.
Se era desânimo, ou somente uma relutância.
A energia parecia perdida.
De uma maneira muito estranha assim também foi a noite.
Rimos, jogamos, corremos.
Um céu azul, cão latindo, criança sorrindo.
E no passar das horas, estranha sensação apoderou.
Não sabia ao certo se era cansaço.
Se era desânimo, ou somente uma relutância.
A energia parecia perdida.
De uma maneira muito estranha assim também foi a noite.
quinta-feira, agosto 23, 2012
Mesmo que fuja.
Que evite.
Abandone os hábitos.
Restrinja o contato.
Se algo tocou seu coração.
Lá ele estará.
Que evite.
Abandone os hábitos.
Restrinja o contato.
Se algo tocou seu coração.
Lá ele estará.
domingo, agosto 12, 2012
orgulhosa
Virar a página é preciso.
Dar um fim ao que já foi.
Esquecer o que foi bom ou ruim.
É preciso deixar ir...
E isso traz a certeza de que estou no caminho certo.
Busco algo novo.
Quero o que me faça pulsar novamente.
Descobrir recônditos impenetráveis,
circunstâncias no frenesi.
E deixar que o coração pulse
novamente desordenado.
Estou viva.
Dar um fim ao que já foi.
Esquecer o que foi bom ou ruim.
É preciso deixar ir...
E isso traz a certeza de que estou no caminho certo.
Busco algo novo.
Quero o que me faça pulsar novamente.
Descobrir recônditos impenetráveis,
circunstâncias no frenesi.
E deixar que o coração pulse
novamente desordenado.
Estou viva.
sábado, agosto 04, 2012
"...muitos dizem que o bater de asas de uma borboleta no lugar certo pode criar um furacão do outro lado de um oceano.
Neil Gaiman
Neil Gaiman
sexta-feira, julho 27, 2012
FRISSON – SP – (1)
no fundo escrever é o nosso principal sexo, a perfeita comunhão com o corpo.
mas, sem estragá-la com os excessos da pele,
teremos parâmetro suficiente para reconhecermos
a sua perfeição?
Fonte: Crônica do Dia: RASTROS DO ÊXODO >> Leonardo Marona
terça-feira, julho 24, 2012
voo
Caminho nua pelo mundo.
Despida de eco, de complementos.
Cerro meus ouvidos as dúvidas,
Deixando que o momento guie minhas passadas.
Não, não é silêncio que busco.
E muito menos o barulho ruidoso e enganador da rua.
Escuto as odes que se lançam em minha alma.
Que sacodem as cortinas que envolvem o coração,
Liberando a alegria que se funde à poesia e traz
música, acalanto, amplidão.
E assim voo, voo alto, voo além.
E você que aqui pousa os olhos, está muito aquém,
Não sabe quem eu sou...
segunda-feira, julho 23, 2012
quarta-feira, julho 11, 2012
semiótica
A flauta guia os transeuntes apressados.
O som inebria os desavisados.
Talvez porque o sentido sonoro provoque sensações.
Aquelas ternas, doces, românticas, as que saem aos borbotões.
Prazerosamente, ele sabe o que infunde ao redor.
Cria no ar malabarismos em notas, em melodias, acolhendo os que sentem dor.
Por trás da máscara, o anonimato.
Um ser talvez belo, talvez feio.
No mistério que cerca sua figura, pano de fundo cinza, contornado em preto e branco:
Delineia o clique, a imortal desconhecida.
O som inebria os desavisados.
Talvez porque o sentido sonoro provoque sensações.
Aquelas ternas, doces, românticas, as que saem aos borbotões.
Prazerosamente, ele sabe o que infunde ao redor.
Cria no ar malabarismos em notas, em melodias, acolhendo os que sentem dor.
Por trás da máscara, o anonimato.
Um ser talvez belo, talvez feio.
No mistério que cerca sua figura, pano de fundo cinza, contornado em preto e branco:
Delineia o clique, a imortal desconhecida.
domingo, julho 08, 2012
um velho texto
Como tudo nessa vida louca e sem rumo algum, agora começo.
Recomeço em mil linhas traçadas de maneira impetuosa e vulgar.
Não quero saber de coerências, acentos e circunflexos: quero mais!
Muito mais que as tendências e modificações.
Quero estar plena e total em entrega. Saber que as pessoas são voláteis, como volátil é a vida e o instante vivido.
Não tenho pretensões. Não esperem lucidez e objetividade.
Aqui faço o que quero. Pinto o nove, o dez e o vinte e dois. O sete é cabalístico demais pra entrar nessa matemática capeganda do instante.
Enfim, estou aqui. Espero permanecer. Espero encontrar minha liberdade novamente.
Recomeço em mil linhas traçadas de maneira impetuosa e vulgar.
Não quero saber de coerências, acentos e circunflexos: quero mais!
Muito mais que as tendências e modificações.
Quero estar plena e total em entrega. Saber que as pessoas são voláteis, como volátil é a vida e o instante vivido.
Não tenho pretensões. Não esperem lucidez e objetividade.
Aqui faço o que quero. Pinto o nove, o dez e o vinte e dois. O sete é cabalístico demais pra entrar nessa matemática capeganda do instante.
Enfim, estou aqui. Espero permanecer. Espero encontrar minha liberdade novamente.
sexta-feira, junho 22, 2012
A cigana de vermelho
Ela é uma cigana de vestido rodado. Parece jovem quando o olhar passeia vago sem deter-se em detalhes. Parece alegre, parece rir meio de tudo e de chorar quando as coisas não têm a menor importância. Quando as coisas são grandes e querem provocar melancolia, ela dança, porque o corpo concentrado e largado no ritmo exorciza as dores — pelo menos foi o que me disse. Nem pensei em duvidar.
Conversamos sobre muitas coisas sempre que eu tenho tempo para uma visita. Dentre as coisas que gosta, além da música que é sua alma, estão os cremes, perfumes e rendados xales que ela possa carregar. Nada com peso. E quando conta isso, me olha desdenhosa e francamente como a me dizer que preciso aprender a viver sem os pesos que carrego.
Ela também me disse que sua cor favorita é vermelha. Perguntei se não é um pouco vulgar depois de uma certa idade — ela tem aquele semblante indecifrável de quem tem muitos anos. Mas ela riu — aquele riso sem juízo de quem ainda é criança: vermelho só é vulgar se ele não faz parte de você, se ele não te define, se não é como uma segunda pele, me respondeu. Não ousei contestar.
Eu a vi dançando, rodando as saias (imaginei que eram sete) do vestido, olhar penetrante, atirando a cabeça prá trás desafiando uma platéia imaginária. Nessa tarde fria e opaca, a sensualidade cigana que habita essa mulher iluminou o dia, e a sensação de calor tomou conta da sala que pegamos emprestada para nosso encontro marcado. Ela se transformava enquanto girava e parecia ainda mais livre. Como se isso fosse possível.
Ela me disse que mora na rua, assim mesmo, sem eira nem beira, porque paredes e tetos são prisões dissimuladas. Que muda de lá prá cá e de cá prá lá porque arrancar raízes é dolorido na hora de partir e "as partidas, você sabe, são inevitáveis", confidenciou quase num sussurro. Que tem medo do amor porque ele aprisiona mais que as paredes e os tetos e liberta mais do que as ruas — e quem pode viver num inferno desses? — perguntou. Mas não esperou pela minha resposta e foi logo dizendo que não tem um nome porque, se fosse assim, seria uma e ela sabe que é um pouco de cada mulher e que cada mulher aspira um pouco dela.
Chamo-a de cigana, simplesmente, e ela, naturalmente, responde. Um dia pedi que lesse minha mão. Ela se ofendeu. Com que covardia eu esperava que ela tivesse as respostas para minhas perguntas? Com que comodidade eu queria que ela me dissesse que tudo estava definido, determinado e que o destino era um deus?
Tem uma agressividade nela que me instiga a conhecê-la melhor ao mesmo tempo que ela destila suavidade. Perguntei de onde ela vinha, já que dava a entender que nem sempre sabia para onde ia. E quando ela me respondeu "Madrid", percebi que não era só uma cigana.
Ainda que sem endereço, sem rumo e sem nome, ela é espanhola, flamenca e castanholas.
Claudia Letti
Ela é uma cigana de vestido rodado. Parece jovem quando o olhar passeia vago sem deter-se em detalhes. Parece alegre, parece rir meio de tudo e de chorar quando as coisas não têm a menor importância. Quando as coisas são grandes e querem provocar melancolia, ela dança, porque o corpo concentrado e largado no ritmo exorciza as dores — pelo menos foi o que me disse. Nem pensei em duvidar.
Conversamos sobre muitas coisas sempre que eu tenho tempo para uma visita. Dentre as coisas que gosta, além da música que é sua alma, estão os cremes, perfumes e rendados xales que ela possa carregar. Nada com peso. E quando conta isso, me olha desdenhosa e francamente como a me dizer que preciso aprender a viver sem os pesos que carrego.
Ela também me disse que sua cor favorita é vermelha. Perguntei se não é um pouco vulgar depois de uma certa idade — ela tem aquele semblante indecifrável de quem tem muitos anos. Mas ela riu — aquele riso sem juízo de quem ainda é criança: vermelho só é vulgar se ele não faz parte de você, se ele não te define, se não é como uma segunda pele, me respondeu. Não ousei contestar.
Eu a vi dançando, rodando as saias (imaginei que eram sete) do vestido, olhar penetrante, atirando a cabeça prá trás desafiando uma platéia imaginária. Nessa tarde fria e opaca, a sensualidade cigana que habita essa mulher iluminou o dia, e a sensação de calor tomou conta da sala que pegamos emprestada para nosso encontro marcado. Ela se transformava enquanto girava e parecia ainda mais livre. Como se isso fosse possível.
Ela me disse que mora na rua, assim mesmo, sem eira nem beira, porque paredes e tetos são prisões dissimuladas. Que muda de lá prá cá e de cá prá lá porque arrancar raízes é dolorido na hora de partir e "as partidas, você sabe, são inevitáveis", confidenciou quase num sussurro. Que tem medo do amor porque ele aprisiona mais que as paredes e os tetos e liberta mais do que as ruas — e quem pode viver num inferno desses? — perguntou. Mas não esperou pela minha resposta e foi logo dizendo que não tem um nome porque, se fosse assim, seria uma e ela sabe que é um pouco de cada mulher e que cada mulher aspira um pouco dela.
Chamo-a de cigana, simplesmente, e ela, naturalmente, responde. Um dia pedi que lesse minha mão. Ela se ofendeu. Com que covardia eu esperava que ela tivesse as respostas para minhas perguntas? Com que comodidade eu queria que ela me dissesse que tudo estava definido, determinado e que o destino era um deus?
Tem uma agressividade nela que me instiga a conhecê-la melhor ao mesmo tempo que ela destila suavidade. Perguntei de onde ela vinha, já que dava a entender que nem sempre sabia para onde ia. E quando ela me respondeu "Madrid", percebi que não era só uma cigana.
Ainda que sem endereço, sem rumo e sem nome, ela é espanhola, flamenca e castanholas.
Claudia Letti
sábado, junho 16, 2012
Achei velhos escritos que guardo.
Não sei ao certo porque guardo.
Só sei que reler palavras trocadas produz energia.
Dá o sentido do que não faz sentido agora.
Produz sensações, reaviva sonhos, transmuta o estagnado.
Mandarei as letras pelo correio, como um dia prometi.
Ou então, ficarão guardadas novamente na gaveta.
Na memória, no tempo.
Não sei ao certo porque guardo.
Só sei que reler palavras trocadas produz energia.
Dá o sentido do que não faz sentido agora.
Produz sensações, reaviva sonhos, transmuta o estagnado.
Mandarei as letras pelo correio, como um dia prometi.
Ou então, ficarão guardadas novamente na gaveta.
Na memória, no tempo.
quinta-feira, junho 14, 2012
quarta-feira, junho 06, 2012
Um portal arenoso, um vislumbre no deserto.
Através da visão, imagem colorida do miolo.
Reentrâncias na terra, é certo.
A vida nascendo nesse piscar de olho.
Essa é a prova, o milagre,
de que Deus não separa o triste do alegre.
Através da visão, imagem colorida do miolo.
Reentrâncias na terra, é certo.
A vida nascendo nesse piscar de olho.
Essa é a prova, o milagre,
de que Deus não separa o triste do alegre.
segunda-feira, maio 28, 2012
TEM GENTE QUE GOSTA DE BANCOS.
TALVEZ PARA SENTAR,
TALVEZ PARA AMAR,
TALVEZ PARA VER A VIDA PASSAR.
TEM OS QUE GOSTAM DE PORTAS.
TEM OS QUE GOSTAM DE PORTÕES.
SABE LÁ DEUS O QUE OS ESPERA DEPOIS DO PORTÃO...
E TALVEZ SEJA EXATAMENTE ISSO QUE OS FASCINA.
TALVEZ SEJA O INESPERADO,
TALVEZ SEJA O IDEALIZADO,
TALVEZ SEJA O SONHADO.
EU GOSTO DE JANELAS.
ÀS VEZES PARA OLHAR.
NA MAIOR PARTE PARA DIVISAR.
SEMPRE PARA RENASCER.
E VEZ EM QUANDO ENTARDECER,
NA HORA DO CREPÚSCULO, QUANDO O DIA E A NOITE SE FUNDEM.
O QUE SEI É CADA UM GOSTA DE UMA COISA.
E VOCÊ GOSTA DE QUE?
TALVEZ PARA SENTAR,
TALVEZ PARA AMAR,
TALVEZ PARA VER A VIDA PASSAR.
TEM OS QUE GOSTAM DE PORTAS.
TEM OS QUE GOSTAM DE PORTÕES.
SABE LÁ DEUS O QUE OS ESPERA DEPOIS DO PORTÃO...
E TALVEZ SEJA EXATAMENTE ISSO QUE OS FASCINA.
TALVEZ SEJA O INESPERADO,
TALVEZ SEJA O IDEALIZADO,
TALVEZ SEJA O SONHADO.
EU GOSTO DE JANELAS.
ÀS VEZES PARA OLHAR.
NA MAIOR PARTE PARA DIVISAR.
SEMPRE PARA RENASCER.
E VEZ EM QUANDO ENTARDECER,
NA HORA DO CREPÚSCULO, QUANDO O DIA E A NOITE SE FUNDEM.
O QUE SEI É CADA UM GOSTA DE UMA COISA.
E VOCÊ GOSTA DE QUE?
terça-feira, maio 22, 2012
Não quero o estrondo das aves,
Das tintas que colorem as costas,
Da tatoo arco-íris que descerra o quimono,
Do vermelho que lambuza as artérias.
Olhando a parede rabiscada,
De cinzas, restos e sonhos,
Vejo que aqui, de costas para você,
Eu quero mesmo é me despir,
Deixar que veja a palidez do corpo,
Contrastando com a escuridão dos fios que caem sobre os ombros...
Na nudez qualificada, no oriental quadro,
O que anseio é o pecado.
É ser gueixa, servi-lo,
Ser sua.
Das tintas que colorem as costas,
Da tatoo arco-íris que descerra o quimono,
Do vermelho que lambuza as artérias.
Olhando a parede rabiscada,
De cinzas, restos e sonhos,
Vejo que aqui, de costas para você,
Eu quero mesmo é me despir,
Deixar que veja a palidez do corpo,
Contrastando com a escuridão dos fios que caem sobre os ombros...
Na nudez qualificada, no oriental quadro,
O que anseio é o pecado.
É ser gueixa, servi-lo,
Ser sua.
sexta-feira, maio 11, 2012
segunda-feira, maio 07, 2012
"Quisera eu ser seu texto, sua rima,
seus versos em emoções,
feitos para me desfazer e refazer.
Com o toque de suas mãos,
sentir o arfar em meu peito,
traduzindo toda sensação
na ponta dos dedos no teclado.
Me desconstruindo a cada
ideia que surge diante da libido!"
Eduardo Cupertino
seus versos em emoções,
feitos para me desfazer e refazer.
Com o toque de suas mãos,
sentir o arfar em meu peito,
traduzindo toda sensação
na ponta dos dedos no teclado.
Me desconstruindo a cada
ideia que surge diante da libido!"
Eduardo Cupertino
quarta-feira, maio 02, 2012
Na madrugada insone,
Incitada a escrever fissuras,
As poéticas , as imagens, os toques.
Na troca , carícias feitas de impulsos,
De línguas e palavras.
De estalos no seu céu,
No meu, no vazio energético.
Lentamente, te descubro os lábios,
A boca se abre, os olhos te fitam.
E o resto é melhor não dizer.
Incitada a escrever fissuras,
As poéticas , as imagens, os toques.
Na troca , carícias feitas de impulsos,
De línguas e palavras.
De estalos no seu céu,
No meu, no vazio energético.
Lentamente, te descubro os lábios,
A boca se abre, os olhos te fitam.
E o resto é melhor não dizer.
sábado, abril 28, 2012
terça-feira, abril 24, 2012
FECUNDAÇÃO
Teus olhos me olham
longamente,
imperiosamente...
de dentro deles teu amor me espia.
Teus olhos me olham numa tortura
de alma que quer ser corpo,
de criação que anseia ser criatura
Tua mão contém a minha
de momento a momento:
é uma ave aflita
meu pensamento
na tua mão.
Nada me dizes,
porém entra-me a carne a pesuasão
de que teus dedos criam raízes
na minha mão.
Teu olhar abre os braços,
de longe,
à forma inquieta de meu ser;
abre os braços e enlaça-me toda a alma.
Tem teu mórbido olhar
penetrações supremas
e sinto, por senti-lo, tal prazer,
há nos meus poros tal palpitação,
que me vem a ilusão
de que se vai abrir
todo meu corpo
em poemas.
Gilka Machado, (in Sublimação, 1928)
Teus olhos me olham
longamente,
imperiosamente...
de dentro deles teu amor me espia.
Teus olhos me olham numa tortura
de alma que quer ser corpo,
de criação que anseia ser criatura
Tua mão contém a minha
de momento a momento:
é uma ave aflita
meu pensamento
na tua mão.
Nada me dizes,
porém entra-me a carne a pesuasão
de que teus dedos criam raízes
na minha mão.
Teu olhar abre os braços,
de longe,
à forma inquieta de meu ser;
abre os braços e enlaça-me toda a alma.
Tem teu mórbido olhar
penetrações supremas
e sinto, por senti-lo, tal prazer,
há nos meus poros tal palpitação,
que me vem a ilusão
de que se vai abrir
todo meu corpo
em poemas.
Gilka Machado, (in Sublimação, 1928)
domingo, abril 22, 2012
A tarde cai, a chuva fina molha a janela,
Suas letras ecoam nos meus ouvidos, uma sensação doce, apimenta...
Arde como as labaredas do fogo, crepitando sombras poderosas,
Imagens subsequentes, desejos corporais.
Líquidos, secreções, erupções e batimentos descompassados.
Desejo em estalos e toques presentes:
Sensibilidades, afinidades, ondas magnéticas,
Sensações do além...do aqui, do presente.
Prosa, poesia e você.
Suas letras ecoam nos meus ouvidos, uma sensação doce, apimenta...
Arde como as labaredas do fogo, crepitando sombras poderosas,
Imagens subsequentes, desejos corporais.
Líquidos, secreções, erupções e batimentos descompassados.
Desejo em estalos e toques presentes:
Sensibilidades, afinidades, ondas magnéticas,
Sensações do além...do aqui, do presente.
Prosa, poesia e você.
quarta-feira, abril 04, 2012
"Então, algo se move oculto
algo que aspira o ar viciado
e sibila.
Planando com graça milenar
ele se recusar a se afastar como seus irmãos.
De olhos radiantes, sem alegria ou tristeza
seu hálito é quente e tem o sabor dos inimigos
vencidos
o odor de coisas malditas.
Com certeza, ele é o mais feroz sobrevivente
o mais puro guerreiro
brilhando, odiando.
Possuindo minha pessoa"
Daniel Agar Andros
algo que aspira o ar viciado
e sibila.
Planando com graça milenar
ele se recusar a se afastar como seus irmãos.
De olhos radiantes, sem alegria ou tristeza
seu hálito é quente e tem o sabor dos inimigos
vencidos
o odor de coisas malditas.
Com certeza, ele é o mais feroz sobrevivente
o mais puro guerreiro
brilhando, odiando.
Possuindo minha pessoa"
Daniel Agar Andros
domingo, abril 01, 2012
uma antiga carta
Pelas asas, pelo vento, um cavaleiro errante, chega. Talvez mais doce do que
o habitual tráfego emocional. Contudo, demonstra uma face masculina, viril,
poderosa. Sedutora, muitas vezes. Esquiva-se desse perfil, mas deixa no
rastro uma leve provocação aos sentidos...
Desafia a mente, a curiosidade, os pensamentos e provoca interrogações sem
limites, aquelas que insistem na cabeça e não dão trégua.
Alma carbono quanto à paixão. Diferente porque traz melancolia e amargura.
Eu trago perfume e purpurina. Coloro o céu de estrelas, jogando milhões de
partículas de luz no telhado negro. Vôo pelas rajadas de Iansã, a das
tempestades. Aquela que destrói as constelações e pinta as mais pesadas
nuvens no firmamento. Estar perto dela é como estar sujeito às reviravoltas
da calmaria. Não há repetição, há uma constante ondulação energética, nos
milhões de circuitos elétricos que desenham raios seguidos de rugidos
poderosos: trovões.
Fora do páreo se põe à deriva. Imagino se é obeso ou coisa parecida. O que o
leva a pensar desse jeito. Que padrão é esse que se sente tão distante. Não
sei, gostaria de saber. Quem sabe ele me diga e apague a interrogação.
Velar o sono. Precisaria me namorar enquanto durmo. Não selando vales e nem
se travestindo de anjo. Talvez um ser menos etéreo e mais humano. Quem sabe
um enviado que mesclasse o mundano e celeste, assim como os detalhes que
enchem a minha escrita. O infernal que não nos abandona, o lado torpe que
existe em cada um, com suas mazelas, fixações, compulsões. Do que seria
feito o homem? O que essa alma busca nesse contato delicado e puro? Tal qual
Diandra, a moça da floresta. Tão parecidos, tão doces e românticos. Acho-os
tão compatíveis. Muito distantes dos meus infernos e delírios.
De uma forma mais lenta e menos ligeira, desejo a você um ótimo fim de
semana.
beijos,
Ana
o habitual tráfego emocional. Contudo, demonstra uma face masculina, viril,
poderosa. Sedutora, muitas vezes. Esquiva-se desse perfil, mas deixa no
rastro uma leve provocação aos sentidos...
Desafia a mente, a curiosidade, os pensamentos e provoca interrogações sem
limites, aquelas que insistem na cabeça e não dão trégua.
Alma carbono quanto à paixão. Diferente porque traz melancolia e amargura.
Eu trago perfume e purpurina. Coloro o céu de estrelas, jogando milhões de
partículas de luz no telhado negro. Vôo pelas rajadas de Iansã, a das
tempestades. Aquela que destrói as constelações e pinta as mais pesadas
nuvens no firmamento. Estar perto dela é como estar sujeito às reviravoltas
da calmaria. Não há repetição, há uma constante ondulação energética, nos
milhões de circuitos elétricos que desenham raios seguidos de rugidos
poderosos: trovões.
Fora do páreo se põe à deriva. Imagino se é obeso ou coisa parecida. O que o
leva a pensar desse jeito. Que padrão é esse que se sente tão distante. Não
sei, gostaria de saber. Quem sabe ele me diga e apague a interrogação.
Velar o sono. Precisaria me namorar enquanto durmo. Não selando vales e nem
se travestindo de anjo. Talvez um ser menos etéreo e mais humano. Quem sabe
um enviado que mesclasse o mundano e celeste, assim como os detalhes que
enchem a minha escrita. O infernal que não nos abandona, o lado torpe que
existe em cada um, com suas mazelas, fixações, compulsões. Do que seria
feito o homem? O que essa alma busca nesse contato delicado e puro? Tal qual
Diandra, a moça da floresta. Tão parecidos, tão doces e românticos. Acho-os
tão compatíveis. Muito distantes dos meus infernos e delírios.
De uma forma mais lenta e menos ligeira, desejo a você um ótimo fim de
semana.
beijos,
Ana
segunda-feira, março 19, 2012
"E digo ainda:
Amor e morte
Conjura breve.
Solta-me.
Revivescido
Eu digo agora.
Amor e vida:
Toma-me. "
Hilda Hilst
Amor e morte
Conjura breve.
Solta-me.
Revivescido
Eu digo agora.
Amor e vida:
Toma-me. "
Hilda Hilst
quarta-feira, março 14, 2012
Um dia ainda vou pescar.
Quero fazê-lo ainda jovem.
Lançar minha isca ao mar.
Quem sabe fisgar um bem grande,
Ou perder muitas horas de silêncio e
Olhar perdido nas ondas,
Sem que nenhum se aventure em meu anzol.
Reminiscências infantis e meu avô.
Usava sempre boné, era careca.
Levava minhocas num isopor, molinete,
Alguns anzóis.
Lembro uma vez que pescou uma cobra do mar.
Verde reluzente com losangos negros. Língua vermelha.
O tamanho era pouco mais que um palmo.
Ela se revirou no barco e meu avô deu-lhe uma cacetada.
A partiu em muitos pedaços.
No molinete, uma nova isca, dessa vez era a cobra.
Ele dizia que era mais saboroso e atraente para os peixes.
Eu, muito pequena, fiquei com a cena na lembrança.
E quero um dia poder pescar também.
Quero fazê-lo ainda jovem.
Lançar minha isca ao mar.
Quem sabe fisgar um bem grande,
Ou perder muitas horas de silêncio e
Olhar perdido nas ondas,
Sem que nenhum se aventure em meu anzol.
Reminiscências infantis e meu avô.
Usava sempre boné, era careca.
Levava minhocas num isopor, molinete,
Alguns anzóis.
Lembro uma vez que pescou uma cobra do mar.
Verde reluzente com losangos negros. Língua vermelha.
O tamanho era pouco mais que um palmo.
Ela se revirou no barco e meu avô deu-lhe uma cacetada.
A partiu em muitos pedaços.
No molinete, uma nova isca, dessa vez era a cobra.
Ele dizia que era mais saboroso e atraente para os peixes.
Eu, muito pequena, fiquei com a cena na lembrança.
E quero um dia poder pescar também.
segunda-feira, março 05, 2012
Ele chega no ímpeto, sem nada dizer.
Dá um tranco na parede, se encosta em mim,
Morde minha boca, se esfrega em meu corpo,
Me aperta e sussurra no ouvido:
Poesia, promessas e palavras toscas.
Esse homem cheio de decisão,
Que compartilha meus desejos,
Sonhos e delírios corporais,
Me dá o que nem um outro foi capaz.
Ele me fala do amor,
Da tristeza e dos arroubos da paixão,
Guarda em si uma profusão de fantasias.
Esse homem, esse mesmo, é um universo.
Nele se desnudam o que eu jamais ousei contar.
Com ele sempre há o que descobrir a cada nova manhã.
Dá um tranco na parede, se encosta em mim,
Morde minha boca, se esfrega em meu corpo,
Me aperta e sussurra no ouvido:
Poesia, promessas e palavras toscas.
Esse homem cheio de decisão,
Que compartilha meus desejos,
Sonhos e delírios corporais,
Me dá o que nem um outro foi capaz.
Ele me fala do amor,
Da tristeza e dos arroubos da paixão,
Guarda em si uma profusão de fantasias.
Esse homem, esse mesmo, é um universo.
Nele se desnudam o que eu jamais ousei contar.
Com ele sempre há o que descobrir a cada nova manhã.
quinta-feira, fevereiro 16, 2012
Prendeu os cabelos, pôs vários grampos no coque. Começou a preparar a pele e imediatamente passou o delineador na parte de cima dos olhos, puxou um gatinho. Para completar muitas camadas de rímel. Brilhava, como de costume. Mergulhou o corpo na seda clara do vestido longo que caía levemente seguindo a circunferência das formas. Estava pronta. Já tinha posto a plataforma nude e a fenda mostrava toda uma perna. Pegou a bolsa e já ia abrindo a porta quando voltou...lembrou-se de que esquecera algo: a máscara.
Foto: Keise Berbert
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Ela entrou no aposento, sem saber o que a esperava.
Deixou-se largar solta em uma cadeira, jogou as pernas em cima de outra, puxou sua piteira e o habitual cigarro. Pelo ar vagavam o tom azul, borbulhas em sopros flutuantes, quase serpenteando pouca luz que existia.
Um calafrio percorreu sua coluna como se avisasse que algo iria acontecer. E, do jeito que estava ficou, só teve a chance de tirar o vestido preto, jogá-lo ao chão. O corselet marcava sua fina cintura, moldado por ligas que prendiam a meia escura. Procurou por alguma coisa na bolsa, não achou. Soltou uma nova baforada.
Levantou-se, abriu a janela. Debruçou-se. Sentia agora o vento frio a tocar sua pele. Sentiu um arrepio por todo o corpo. Virou-se, pensou em algo mas, desistiu. Sem pestanejar, despiu-se e deitou na cama. Fechou os olhos e dormiu.
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
Vislumbres da madrugada:
quadro de atmosfera noir.
um filme, um enredo, algo nebuloso enche o ar.
close no papel de parede onde crescem trepadeiras espinhosas.
cama com velas esbranquiçadas e cheiro de mirra ardente na dança dos corpos, quiçá com o inimigo.
elegância de uma mulher pálida, cabelos longos, cílios postiços encharcados pelo rímel.
por fora do véu unhas rasgando o cetim da cama , o contato, o som do vestido de couro.
quinta-feira, janeiro 19, 2012
Zéfiro II
Crio porque isso por si dá sinal à existência.
Deixo que teça os sonhos mais impossíveis, mesmo porque de impossíveis nada têm.
E assim, as batidas desritmadas e ao mesmo tempo acústicas expandam o tanto de emoção, flor e chuva que preenchem a alma.
E o que é a alma, senão um montaréu de pedaços a serem recolhidos e reagrupados.
E o que faz da vida algo mais intenso e profundo do que os sentimentos que avassalam qualquer tipo de razão que surja no caminho.
Não me aprofundo então, deixo-me atingir pela flecha, Cupido lança seus dardos e eu me entrego a ales. Mesmo que sejam envenenados e que no final matem o que poderia ser só poesia.
E daí. Se isso alimenta alma, o resto é divagação.
Uma noite de ventos transformadores, quiçá um Zéfiro a lançar brumas e reviravoltas ao que está aparentemente adormecido.
Que venha o estrondo, o inesperado, o que eu não aguardo e não faço análise.
Lança-se, esparge-se, liberta-se.
sexta-feira, janeiro 13, 2012
o que vai no coração de cada um...
A pior sensação é a surpresa.
Quanto realmente você não espera e é surpreendido.
Quando o que está ao seu lado, o que você acredita ser seu amigo, age como um inimigo.
Trama pelas suas costas, inventa histórias, põe uma pessoa contra outra, semeia ódio, maldade.
E eu que nessa vida, Deus é testemunha, nunca fiz isso, me choco.
Estou assim, boquiaberta, estupefata, diante de tanta maldade.
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