quinta-feira, fevereiro 22, 2007

O AMOR NÃO TIRA FÉRIAS...

O amor pode estar nos pequenos detalhes.
Acho que o meu ideal romântico está sempre neles e na gentileza.
De uma maneira muito peculiar ele se estabelece e vicia.
Não como uma droga necessária à sobrevivência,
mas como enlevo para que meus sonhos coloridos
jorrem sem medo e expectativas.
Longe da paixão avassaladora que cega, ele é maior, muito maior.
Deixo que a felicidade chegue, permito que a falta de razão
crie raízes e a emoção extrapole a análise.
Sei que os detalhes envolvem o sorriso, os olhos azuis magnéticos, o jeito que a mão desliza,e a maneira como acarinha e se deixa fincar.
Estar assim é largar borboletas amarelas e abrir a janela diante do sol,
é dar brilho ao redor, em ondas eletrizantes e imantadas.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

EROS E THANATOS



O amor e a morte.
Eros e Thanatos.
Os extremos.
Conta a lenda que Eros adormeceu numa caverna, embriagado pelos auspícios de Hipno, o irmão de Thanatos.
Ao sonhar e relaxar, suas flechas se espalharam pela caverna, misturando-se às flechas da morte.
Ao acordar, Eros sabia quantas flechas possuía. Reunia-as, mas sem querer levou algumas pertencentes a Thanatos.
Assim, os velhos se sentem embrigados pelo amor, flechados por Eros, enquanto muitos jovens sentem a morte no coração.
Muitas vezes, o amor quando finda deixa uma sensação tal de vazio e solidão, que deve ser muito próximo daquilo que acreditamos ser a morte.
Enquanto outras vezes é preciso que a morte se estabeleça para que o amor nasça.
A passionalidade cerca os seres, todos. Não há quem nunca pensou em extremos diante de uma ameaça.
Por isso mesmo, há de morrer para que renasça o amor.