sexta-feira, setembro 11, 2009

esmaecida

Tantas vezes ela se pega da mesma forma.
Parada, estática, como se o tempo fosse um mero contador de dias.
Não há o que fazer, somente se deixar levar pela madrugada.
Momento em que a lua se faz companheira,
desnudando o coração partido, um tanto cansado.
Talvez ela se encontre assim por mero capricho íntimo.
Talvez seja uma opção diante da existência.
O cigarro se embrenha pelo luar, dançando imagens aos seus olhos perdidos.
O elo com o real se fecha.
O que se tem agora é só essência.
Pura, inteira e delirante.