sábado, setembro 05, 2015

Nove Quadras para Analu


Pra quem se diz poeta é quase um vício
Só falar bem do sexo feminino.
Mas, sempre é necessário um bom início
Então, para Analu vou compor um hino.

Porque a todas posso, gentilmente,
Tratar como se trata uma princesa.
Mas devo manter claro em minha mente
Que só a Analu vou chamar de Deusa.

E é tanto que, se devo ser galante,
A inspiração a pouco se recusa
Mas dependuro os versos num barbante
Que Analu, a um tempo só, é vate e musa.

De si tira tristeza e alegria,
De si sozinha faz todo um planeta,
E faz disso uma alquímica poesia
Ou só um bom humor, a espiroqueta!

E faz, desse planalto desolado,
Da seca, estranha e límpida Brasília,
Um grande coração apaixonado
Um náufrago gemendo numa ilha.

Assim, fica marcada a diferença
E deixo essas quadrinhas por seu dote
Pra que não haja em nós mais desavenças
Em versos, 36, desdobro o mote;

Mulheres há que pensam e decidem,
Mulheres sinuosas, outras retas,
Mulheres que na vida só colidem,
Mas há também a Analu que é completa.

Mulheres há que param a cidade,
Mulheres que, sós, valem por um time,
Mulheres belas, em qualquer idade,
Mas há também a Analu, que é sublime.

Mulheres há que a todos embriagam,
Mulheres que são galo numa rinha,
Mulheres que se mimam ou se estragam,
Mas há também a Analu, que é rainha.

(Um antigo texto escrito para mim)