domingo, abril 20, 2003

VENTO NORTE

Tempo de vida e de morte.
Estaciona o tempo e a realidade desce feito avalanche,
Demolindo tudo que aparentemente está encerrado.
A vida muitas vezes me parece fútil e desnecessária.
Não quero saber de estórias e frases perfeitas,
Nem livros, nem palestras e muito menos receitas testadas.
Paliativo contra o que é imponderável.
Encarcero-me em divagações e daqui não saio.
No íntimo há um desconforto enorme em se fazer real, presente.
Pergunto aos tais caras invisíveis se algo vai acontecer.
Sempre me senti assim, de lugar nenhum.
Sem lar, sem laços, máquina operante no automático.