terça-feira, julho 12, 2005

CINTILAÇÕES

Deitou-se e deixou que ele fizesse o que quisesse, sem imaginar o que viria.
Derramou por todo o seu sexo milhões de pedras, vítreas, faiscantes.
Cuidadosamente, as dispôs sobre seus pêlos, enfileirando-as até o umbigo.
Os diamantes cingiam a pele queimada, cintilações.
Gelo que despertava todas as sensações, principalmente o arrepio.
Assim, como uma estátua, ali ficou.
Deixou-se fotografar, como a retina que tudo retém e imortaliza.