quarta-feira, junho 25, 2003

DO ETÉREO

Ser transmorfo, das faces que se revelam ininterruptamente.
Anjo, demônio, mago, prostituto, criança e adulto.
Divisória linha, tênue encontro entre o celeste e o profano.
Dualidade que não finda jamais, ao contrário:
É gritante e díspar aos extremos.
Decepar o que pulsa em nome de um esforço,
É tortura a confrontar-se com a vontade.
Encontra-se num reino de orquestra,
Crepúsculo lilás, perfume de lírio
E atmosfera etérea.
Não é de Vênus. É de lá.
Do lugar de paralelepípedos dourados,
Gramado verde oliva, sol que faísca nas construções.
Ao fim da grande passarela dourada, uma catedral gigantesca, de porta pesada,
Rústica, medieval. O ser diminuto diante da suntuosidade, da imponência da construção.
As viagens dessa alma, errante, peregrina, cigana.