quinta-feira, março 03, 2005

DAS CORES QUE SÓ EXISTEM LÁ...

Estar na cidade que é sempre maravilhosa traz só coisas boas.
O fim da tarde lilás, a orla ainda brilhante de azul, um mar escuro anil.
Camarão, queijo na brasa, picolé, água de coco, biscoito globo.
Ondas calmas, como piscina, boiar, adentrar sobre braçadas o ninho de Iemanjá.
Cobertura na Atlântica, pedestres ao longe, banhistas em conformidade com o sol.
Rever velhos amigos, estar com uma criança que é sobrinho quase-gringo, fala inglês e entende português, fizeram dos dias algo especial.
Comemorar oitenta anos de uma avó postiça, numa festa regada a champanhe e whisky, trouxeram nova vida à vida que nos chama todo o tempo, o da existência.
O Pão de Açúcar, o velho Giotto na praia de Botafogo, as guloseimas do Chaika, o ar que enche as narinas de sal, o vento embalado por Iansã a trazer breve chuva, no calor escaldante das areias cariocas, vivi esse tempo longe das conexões tecnológicas e dos emails que enchem a caixa postal.
Voltando pra casa, a chuva, o frio e o cinza pincelam a cidade de Pedro.