domingo, maio 11, 2003

CANINA

Os dias têm sido corridos e eu não ando dando conta nem de mim.
O social agindo e mostrando o movimento, o que no final é sempre um bem.
Dizendo a mim: a vida está aí para ser vivida, dê uma nova chance a você mesma.
E, dessa forma, vou vivendo um dia de cada vez, feito os viciados durante tratamento.
Das minhas compulsões e obsessões sei o suficiente e sei que não há remédios humanos.
Talvez, um entorpecente literário, uma prosa que traga novos olfatos, e uma poesia que descaracterize o trivial.
Estou canina. Antes cheirando, depois mirando. Pareço um cão farejador diante do primeiro contato. Isso serve para tudo e todos.
Estive vendo novos lançamentos, uma passada rápida nas livrarias. E lá está Rubem Fonseca acenando para mim, na mesma bancada de um livro erótico de mitologia. Serão as próximas aquisições. Falei ao amigo que pode me dar um deles, será bem vindo.
Estou enfronhada em ‘We’, onde leio sobre Tristão e Isolda. O mito a se estender aos nossos dias e a desenrolar um pouco das dúvidas românticas.
Ao lado da cama ainda existem outros empilhados e que aos poucos vou dando conta.
Por agora é só dar um alô e boa noite. Amanhã tem mais.