terça-feira, setembro 09, 2003

DOS CONTADORES DE HISTÓRIAS

Tenho andado muito longe desse mundo virtual, o que de alguma forma me faz bem pela urgência desse momento vivido. Entretanto, algumas coisas me fazem parar e refletir. O texto é ainda maior do que postei abaixo, com adendos de outro autor. Entretanto, achei conveniente colar esse pedaço, essa reprodução acerca daqueles que contam histórias. Os Contadores de Histórias. Vistos por um prisma mágicko, ancestral, pela perspectiva de Léo Artése:

"No xamanismo, o contador de estórias é um caminheiro entre os mundos. Não é
apenas ler para contar uma estória com sucesso. Ela deverá vir do interior.
Isto significa viver a estória interiormente, experimentar do ponto de
vista de cada um dos caracteres, da caminhada e do riso, da tensão, da
reflexão da advertência. Forma e conteúdo.

É visualizar cada volta da história até que você possa fazer funcionar sua
imaginação como um filme; pensar profundamente sobre a mensagem subjacente a
que a própria história está tentando fazer, compreender os fluxos da energia
movimentos, gestos, semblantes, respiração, pausas, dicção,etc.
O contador de estórias, então, é um mediador entre nosso mundo conhecido e o
desconhecido.
Uma comunidade de dragões e fadas, anjos, com as bestas mágicas e míticas.
Com deuses e deusas, os heróis e os demônios.
Expressam-se acima deste mundo, passam livremente de um mundo para o outro,
e ajudam-nos a experimentar outros reinos.
Também são invocadores de poderes elementais, dos poderes da transformação.
Podem mostrar-nos como confrontar nossos medos, como experimentar
êxtase ou nos trazer cara a cara com morte ou terror do espírito - com o
infinito e incompreensível
O contador de estórias vive e comunica o poder, o significado e a realidade
do mito a uma profundidade que não possa ser apreciada até que experimentada.
E a experiência é a palavra crucial aqui. A experiência da palavra nos
conduz quando a história vem do interior".