terça-feira, setembro 30, 2003

A NOITE DE ONTEM

Ultrapassei a barreira das proteções e me lancei no mais profundo do ser.
O que transcende ao sexo, aos padrões e a tudo que conhecemos nessa esfera.
No toque uma energia tamanha, do tamanho do mais puro amor.
Aquele que vive retesado dentro de cada um e que se dirige apenas ao estado físico.
Me refiro ao amor amigo, o fraterno, o descabido de interesses e propostas mundanas.
Tudo por conta de Karroiz que sentenciou: "não tenham vergonha de dizer o quanto gostam de alguém, aproveitem a oportundade e se abracem".
E foi através de um abraço espontâneo e verdadeiro que selei meu carinho.
Ainda que ela não tenha compreendido a extensão da minha dificuldade, tendo em vista as proteções que vamos ao longo da jornada colocando à frente e nos tornando impenetráveis.
Por conta do cuidado com a idolatria e todo tipo de fanatismo.
Naquele abraço, naquele desabafo, no querer confessado,
destravei as comportas. Da alma jorraram lágrimas.
Não de tristeza ou amargura. Choro de alegria, de libertação.
De uma maneira inusitada larguei as algemas que me prendiam a um passado dorido.
Da noite de ontem ficou o registro: flores, rosas e amizade.