quinta-feira, agosto 14, 2003

PERSEIDAS, AGOSTO E JACARÉ

Com gosto, gosto de Agosto.
Ainda que muitos se mostrem agostados mediante o azar,
felicidade é o que transborda nesse período.
E aí não há crendice que redima o meu gostar.
Principalmente diante do plenilúnio de Leão, realizado ontem.
Frutas, roupas, bandagens amarelas e brancas. O ouro, a alquímica
busca por transmutar metais pobres no mais valorizado.
Também devo registrar a tempestade de meteoritos que invadiu o hemisfério norte esta semana e eu estava ausente para falar disso aqui. Chama-se Perseidas, tendo em vista que a chuva que riscou o céu teve início na constelação de Perseu. O fenômeno é caracterizado por uma chuva de estrelas cadentes quando passa pela Terra uma nuvem de poeira cósmica deixada para trás por um cometa.
Agostinhas frescas cairiam perfeitamente bem no cenário paradisíaco proposto no céu islâmico, com virgens de sete véus e fontes a jorrar leite com mel.
Desgosto deve ser estar frente a frente com a falta de sonho e perspectivas.
Quem sabe um agostiniano consiga derrubar conceitos tão antigos como esses professados
através da fé cega. Aposto que ele não vai sentir gozo mediante ao inevitável futuro, mantendo-se, insosso, quase morto.
Pego jacaré mais uma vez nas ondas agostinas.