domingo, dezembro 22, 2002

P&B



Quando se aproxima ou reata o laço parece que todos os aparelhos eletrônicos entram em pane. E me pergunto por que diabos essa carga elétrica é tamanha, capaz de detonar minhas conexões.
Nunca compreendo o que está além das ondas vibracionais e energéticas que modulam cada freqüência que efetuamos, em uma fina sintonia digital promovida pelo ‘acaso’.
Quisera parar ao seu lado e grudar meus olhos nos seus e saber das partículas que compõe seus íons e cátions em p&b, ter acesso ao silêncio estrondoso de sua escrita que pede afago.
Recortar imagens que cercam minha alma e colá-las aos seus devaneios. Assim como aos desejos escusos, aqueles que descreve em seus mosaicos e confundem-se com o lado torpe que existe em cada um. Como o bichano em guarda que sorri e põe breu em sua parede letrada.
O leitor desavisado pode apavorar-se diante de sua narrativa, enquanto eu vejo nas entrelinhas o tanto de sol que sangra de tuas orações, às vezes subordinadas, coordenadas à luz e sombra.