sábado, julho 05, 2003

AMPULHETA

Pode ser que ninguém entenda.
E nessas horas para quê coerência?
Melhor desse jeito, quando não se pensa de fato.
O que se leva são os momentos, como esse.
Permaneceremos assim: no instante que olhos cruzaram com os outros olhos; quando a sua boca tocou a minha; e o seu gosto misturou-se ao meu; quando seu coração colou no meu peito e juntos perpetuamos o mesmo som.
Agora chega o momento de pausa e o investido vai se diluir.
Escorrer, como areia deslizando por entre os dedos, como o tempo que passou.