domingo, julho 27, 2003



O vento balança as cortinas e acolhe com a rajada veraneia.
Ele voltou e deixou muitas conchas. Agora, largou o caramujo, riscadinho, que vai ser colocado na mesa de centro, no meio da sala, perto da rede que fica ali ao lado.
Esqueceu no parapeito o óculos, o que usa para fuçar a areia branca que se avizinha aqui de casa. O ar impregnado de sal enche todos os cômodos da casa.
O céu reflete o azul nas mansas águas, espelho do que está acima. Uma piscina marítima a me esperar. Já, já, dou um pulo ali e vou encontrá-lo, pôr o maio branco e me atirar nas ondas que não quebram, tamanha a paz que reina no mar. Mergulhar juntos e contar cardumes de peixes, ver o brilho acentuado pelos raios calmos do sol.
A essa hora a digestão já se fez. Comemos peixe assado com ervas finas e bebemos água de coco gelada, justo ao meio-dia.
A janela permanecerá aberta para você que aqui aporta venha comigo nadar.