quarta-feira, agosto 07, 2002

DOS AMIGOS, DOS AFINS...

Sempre encontrei quem trocasse cartas, bilhetes, demonstrasse com palavras o que se passa no íntimo. Aquilo oculto em olhos brilhantes e no toque de língua e maxilar a expressar linguagem.
Há um baú de recortes, clipping de amigos, sentimentos platônicos, reais. Guardado, velando o passado. Fantasmas alegres e poéticos. Linha divisória das manifestações de apreço correndo pelo percurso terreno.
E nesse processo de reeditar a fita, constato que trago para perto os que comungam arte e vivem dela. Marginalmente, profissionalmente. No mapa astral isso é mais que revelado. A herança familiar mira esse mesmo aspecto. Impossível não estar vinculada a esse estado de espírito. O magnetismo agregando semelhantes.
Nada é por acaso. Nem o que sinto. Nem os afins.
E falando neles, hoje ela ligou. Por um convite que fiz e ela não pôde ir. Momento raro. Instante eterno de troca. Para mim sempre será especial, desde o primeiro dia que nossos olhos se cruzaram. Falamos das saudades, acho que faz uns quatro anos que não a vejo, talvez menos...perdi a conta... Fiquei de ligar quando estiver novamente no Rio.
Então, tomaremos o famoso café, que já virou até lenda pelo tempo que sempre marcamos e nunca colabora para o encontro. Farei acontecer.