domingo, agosto 18, 2002

ESPIRAL II



Dia de cobra negra ser salva por mãos sem medo e receio.
Consegui, enquanto dois homens usavam um pauzinho na esperança de empurrar a víbora até o meio do mato.
Estupefatos disseram: nossa, moça, você é corajosa.
O vento lá fora é de forma estranha e mágica. É ar que procura redemoinhos e estórias à beira mar.
Habitantes notívagos de altas horas desse inverno, com jeito quente de verão.
A Lua sorri um pouco mais, agora quase radiante, cheia de si. Prepara-se para a cheia.
Acompanhou minha chegada, nessa madrugada sem estrelas cadentes e promessas de amores inventados no tamborilar de dedos em teclados.