segunda-feira, novembro 18, 2002



Na mudez e na quietude minhas passadas ecoam.
Avançam em movimentos lentos, largos, sincopados,
Nada além dos ruídos externos que não atingem o ser.
Cá é espaço vazio para ressonâncias do pensamento.
Uma caixa, um cubo, paredes brancas, pálidas,
Não há entradas e nem mesmo saídas.
Não existe som na boca, os ouvidos foram cimentados:
Colaram as palmas para não desgrudarem,
Calaram o assovio, o estalar de língua e dedos.
Infinito cômodo onde se propagam divagações no silêncio.