quarta-feira, março 20, 2002

Não é que os cientistas descobriram que no Oráculo de Delfos uma fumacinha esperta, uma espécie de gás, deixava a pitonisa muito doida?! E que ao ser inalada, provocava um estado de êxtase e a levava à previsão do futuro? Curioso, que num tempo tão remoto já existisse essa espécie de alucinógeno. Estados alterados de consciência.
De acordo com a descoberta as rochas da região- localizada perto do Golfo de Corinto, na encosta do monte Parnaso- são constituídas de calcário oleoso, recortado por duas falhas que passam exatamente sob as ruínas do templo, criando um caminho pelo qual vapores petroquímicos podem alcançar a superfície, induzindo visões.
A histórica conta que antes de responder às perguntas que lhe eram feitas, a pitonisa entrava numa espécie de câmara, localizada no subsolo do Oráculo, e lá inspirava o ar saturado de gases tóxicos. Voltava e ‘inspirada’pelos deuses dava a resposta aguardada.
Há duas correntes de estudiosos que crêem que as mulheres inalavam o vapor mas que a interpretação da profecia ficava a cargo de sacerdotes homens, enquanto a outra vertente defende que as pitonisas conversavam diretamente com os consulentes.
Vale lembrar que o Oráculo de Delfos foi criado em 1.200 AC, na Grécia, sendo um santuário originalmente erigido à deusa Gaia, que representa o planeta. Já no século VIII AC, foi dedicado ao deus Apolo, considerado o mais belo dos deuses, deus do Dia e do Sol, filho de Zeus e de Leto, irmão de Ártemis, nascido na Ilha de Delos. De múltiplas atribuições, curandeiro e adivinho, inspira a Pitia no seu Oráculo de Delfos. Sendo também músico e poeta, é representado tocando uma lira e rodeado pelas musas, é conhecido como protetor dos rebanhos, sobretudo na Arcádia.