sábado, abril 13, 2002



Os símbolos tem ocupado exaustivamente minha mente, principalmente os mágicos e os utilizados em rituais e encantamentos. Por mais distante que pareçam estar, ao contrário do que imagino, ganham força e estabelecem uma conexão presente em meu dia-a-dia. Esse aspecto contraria a linha que tenho buscado, levando-me ao que já tinha estudado Será que ficou pelo caminho alguma coisa que não explorei?! Será que nos rituais com a Deusa e Dioniso relaxei em determinado ponto ou deixei que algo relevante passasse batido? Não sei dizer.
O que sei é que tenho procurado na rede os símbolos com cobras. Alquímicos e de witchcraft. O oroborus é um destes talismãs, além de todos os pentagramas e suas variações, indo de Salomão a Baphomet. Encontrei uma loja virtual americana repleta de bugigangas mágicas e uma filial brasileira, localizada em Sampa. Pensei em comprar alguns, encantei-me com outros pela estética. Vi um com dragões e outros com lua. E um símbolo que até aqui não havia conhecido, originário dos celtas: possui três pontas, como um triângulo de lados exatos, cujo desenho lembra flores estilizadas. Ainda não descobri o motivo para o interesse, mesmo que eu ande lendo sobre thelema, uma ramificação mágica que me atrai mais. Tem mais a ver comigo. Aleister Crowley e suas máximas, pra você Rogério que adora frases que a gente retém: ‘Faça o que tu queres que esse é o todo da lei’ ou ‘Todo homem e toda mulher é uma estrela’. Essas duas são as mais populares, as que saem mais fácil pela boca, mas é no Livro da Lei que encontramos muitos outros significados para todo o código oriundo de Aiwass.
Esse post parece um grande carnaval pra quem não sabe do que estou falando. Aqui o objetivo é discorrer sobre os pensamentos obsessivos, as compulsões que tomam minha mente e não dão trégua. Tenho me sentido assim com a magia. Como uma parte que precisa ser reavivada ou trazida à tona.
Quando mergulhei no universo wicca estive próxima demais de Dioniso. Senti algo que nunca havia sentido. Eu via sua figura ao meu lado e isso provocava um frisson, como se eu estivesse conectada com a minha parte mais primitiva, mais lasciva. Os sentidos em verdadeira ebulição, as percepções e sensações mais afloradas. Aquela presença masculina me acompanhou durante um tempo e trouxe uma visão diferente acerca da magia. Hoje, sei que deuses existem. Como existem várias outras vibrações e energias. Cabe a gente fazer as escolhas, sejam elas quais forem.