terça-feira, outubro 15, 2002

DO PASSADO-PRESENTE

O zerar dívidas, concluir o que vim fazer aqui.
Ando completamente envolvida com o único aspecto realmente importante agora.
Como ouvi outro dia, tire de um espírito rebelde tudo aquilo que ele gosta e ao final acabará rendido. Ainda não entreguei os pontos, apesar dos pesares.
Impressionante como o foco muda, transforma-se, mesmo que seja temporário...
Contudo são reentrâncias que insistem na alma. Aquilo que me acompanha desde que me tomo por gente, ainda que fenômenos tenham sido iniciados ainda na tenra idade. É eu ando meio obcecada com isso.
Hoje parei para observar. Parei para descobrir o porquê da posição no meio do caminho. Não ando pra frente e não retorno. Abraço um pouco, envolvo-me com limites, mas no íntimo não é assim que a coisa toda se processa. A vontade muitas vezes é mergulhar, sem medir nada, simplesmente fazer e pronto. Acontece que isso nem sempre é a melhor saída. Nem sempre a cegueira é positiva, pois a razão sempre pede uma brecha diante de tanta insanidade, feito euforia infantil. Muitas vezes sou assim, menina nos meus gostares, nas antipatias. Não há como frear o ímpeto do coração, só deixa-lo me levar. Talvez ele seja realmente o culpado de tudo...
Ainda bem que ele é assim, ainda bem que sou desse jeito. Ainda que eu passe a vida a buscar algo que não compreendo, mas que sinto em toda a sua plenitude e beleza.