quarta-feira, maio 08, 2002


Pra quem acompanhou a saga da ida ao dentista na semana passada, hoje teve continuidade. Levei uns textos de Wicca e Dioniso pra ela. Passou os olhos rápido, agitada, e disse que ia ler depois com calma. Expliquei a ela que fui procurar meus livros de bruxaria e todos, eu disse TODOS, estão no Rio.
O curioso da estória é que depois dela fazer a revisão nos meus dentinhos e verificar que eles estão sadios, eu a convenci a ir ao Mundo Verde comigo. Lá, imediatamente me dirigi à prateleira de magia, sem que tivesse qualquer indicação do tema. Minha mão foi direto no O Gozo das Feiticeiras, de Márcia Frazão. Expliquei a ela que foi um dos títulos que mais havia mexido, sentido a presença forte e lasciva de Dioniso. Certa vez, indaguei a um mago militante se ao fazer um livro, uma bruxa poderia utilizar determinada energia que impregnasse as páginas com aquilo que ela desejava despertar no leitor. Ele deu um sorrisinho maroto, bem ao jeito dele, e respondeu: Lógico! E foi o que ela fez nesse livro. Não foi à toa que se sentiu tão estimulada pelo Deus de Chifres.
No meio da profusão de títulos, peguei um com encantamentos. Ela, ficou excitada e falou: Ana, você não me disse que eu iria poder fazer feitiços! E não me contou que eu iria usar ervas!Senti pelo brilho dos olhos dela que foi aí que se achou. Imagina alguém do candomblé não se encantar com feitiços?
Ficou tagarelando e perguntou das comidas, do objetivo empregado e contou que vai voltar lá pra comprar todos os livros que tinha gostado. Fomos tomar café na padaria, conversamos mais um pouco. Deixei-a na porta do consultório e prometi retornar com o livro. Parti para rua, querendo aproveitar o tempo disponível e procurar presentes para o Dia das Mães. Bati perna e não achei nada. Ficaram as promessas e nada de ação.
Amanhã tem mais.