quarta-feira, janeiro 02, 2002

Eu devia ter começado como todo ser previsível, justamente para me fazer clara, mas como não consigo seguir métodos, inclusive na escrita, solto minhas idéias sem lenço, sem documento, sem compromisso. Já ia me esquecendo, só um é realmente verdadeiro nessa vida: o prazer!
Comecei o ano embalada por você, lemniscata. Uma palavra que surgiu depois de refletir sobre o tudo e o nada, procurar um blog que não se fixasse num único ponto, adendo, idéia. Que fosse solto, livre, sem amarras determinadas pela expressão letrada. Ainda engatinho nesse espaço de blogs e nem sei se terei condições físicas de chegar perto do que considero estético no cyberspace.
Me lanço num vôo sem asas, seco, mudo, escondido e divertido. Feito criança arteira que faz a travessura e esconde a carinha atrás da porta, justamente para vislumbrar a reação dos adultos. Uma peralta sem ideologia, ninada pelos desejos, caprichos e todas as vontades reais e utópicas.
E parei mais uma vez elocubrando e me perdi do infinito. Sim, a figura da cobra mordendo o próprio rabo, a roda de sansara,o horizonte que corta o fim do mar, sim, é dessa imagem que me faço presente. Louca, sem sentido, num sopro, insight, visão do além, um espírito escondido num corpo de mulher.